sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Amazônia Brasileira: Cavalos morrem de cólica na amazônia

Desenvolvido para ser consumido por bovinos, um tipo de capim tem causado a morte de cavalos na Amazônia e a origem do problema ainda intriga cientistas. Ao menos 50 mil cavalos morreram no bioma desde 2000 pelo consumo da gramínea, segundo José Diomedes Neto, professor e pesquisador da Universidade Federal do Pará (UFPA), que estuda o caso.


A morte de equídeos ocorre em "praticamente todos os estados da Amazônia" há cerca de 8 anos, segundo Neto. O motivo da morte: cólica. "Cavalos que ficam nessas pastagens começam a apresentar um quadro de cólica. O sistema digestivo para de funcionar, aumentam a quantidade de gases e o risco de haver dilatação do estômago por refluxo, o que pode levar à morte", diz o pesquisador.

"Uma média geral permite dizer que metade dos animais que adoecem, morrem, geralmente em até 48 horas", diz Neto. Segundo ele, há casos de surtos de morte de grupos de 20 a 30 cavalos de uma só vez na mesma fazenda. "Sabe-se que o problema está relacionado ao capim, mas ainda não se conhece a causa."

Segundo Neto, a origem do problema está no consumo do capim Panicum maximun e de seus derivados: massai, tanzânia-1 e mombaça. A única forma de prevenção é transportar os animais para outras pastagens nos períodos mais chuvosos, quando geralmente ocorrem as mortes por cólica, de acordo com ele.

A gramínea que causa o problema foi desenvolvida pela Embrapa Gado de Corte em Mato Grosso do Sul nos anos de 1990, segundo a pesquisadora da instituição, Liana Jank. "Ninguém sabe qual é o problema desse capim", diz ela. "Acredito que não é a pastagem, mas alguma interação com o meio ambiente. Isso só ocorre no Norte do país."

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Amazônia Brasileira: Mato Grosso lidera ranking de queimadas

Com pouco mais de 38.270 focos de calor, o estado de Mato Grosso permanece na liderança do ranking dos Estados com mais focos de queimadas contabilizados entre 1° de janeiro até o último dia nove, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).  Entre os cinco primeiros estão ainda Tocantins (23.203), Pará (19.299), São Paulo (14.482) e Maranhão (12.591).


Tangará da Serra tem mais registros de queimadas segundo o contabilizado pelos satélites: 1.991. Paranatinga aparece em seguida com 1.507. Santa Carmem é o terceiro da lista com 1.331. No mesmo período do ano passado, o Estado contabilizou 15.396 focos.
 Queimadas na Amazônia




Desde o período proibitivo, que começou a vigorar no dia 9 de julho com objetivo de coibir incêndios florestais devido as condições climáticas extremamente desfavoráveis na região, as queimadas somam 22.203. Neste prazo, Peixoto de Azevedo está liderando a relação: 1.144 casos.  Paranatinga tem 892, Cocalinho com 883, Campinápolis com 631 e Tangará da Serra com 588.

O período segue até dia 15 de setembro.  Nova Mutum tem 105 focos, Sorriso 99, Lucas do Rio Verde tem 23 e Alta Floresta apenas 12.  Em Sinop, onde foi registrado 79 focos, foi enviada, na última semana, uma equipe com seis homens da Defesa Civil e uma caminhonete com equipamentos que têm capacidade de mil litros de água para combater focos de queimadas em florestas e áreas de pastagens no município.

 Combate às queimadas